Ecologia e Conservação da Natureza
Áreas Científicas |
Classificação |
Área Científica |
OFICIAL |
Controlo e Processos |
Ocorrência: 2021/2022 - 1S
Ciclos de Estudo/Cursos
Sigla |
Nº de Estudantes |
Plano de Estudos |
Anos Curriculares |
Créditos UCN |
Créditos ECTS |
Horas de Contacto |
Horas Totais |
LTAM |
55 |
Plano de Estudos 2016/17 |
1 |
- |
6 |
90 |
162 |
Docência - Responsabilidades
Língua de trabalho
Português
Objetivos
Objetivos
- Adquirir conceitos de Ecologia, tendo em conta o ambiente e a qualidade de vida humana.
- Ter capacidade de intervenção de forma mais informada e efetiva na resolução ou prevenção de problemas ambientais.
- Ser capaz de analisar e estudar ecossistemas terrestres e aquáticos.
- Saber formas de proteção das espécies, dos habitats, conservação da natureza e preservar a biodiversidade.
Resultados de aprendizagem e competências
Competências
- Caracterizar e estudar ecossistemas terrestres e aquáticos do ponto de vista físico, químico e biológico.
- Conhecer as diferentes interações entre os seres vivos a nível comportamental, hábitos alimentares e reprodutivos como ferramenta de auxílio ao estudo de ecossistemas.
- Conhecer a carta biogeográfica de Portugal e como descrever e cartografar a vegetação.
- Estabelecer estratégias de conservação da natureza para preservar a biodiversidade.
- Saber caracterizar os habitats de Portugal e conhecer as espécies e habitats protegidos.
- Saber avaliar a biodiversidade a diferentes níveis espaciais e compreender como as atividades humanas a influenciam.
- Saber utilizar conhecimentos de ecologia na gestão e conservação de populações e ecossistemas.
- Identificar fontes de contaminação de ecossistemas com efeitos eco toxicológicos.
Modo de trabalho
Presencial
Pré-requisitos (conhecimentos prévios) e co-requisitos (conhecimentos simultâneos)
Sem necessidade de pre-requisitos ou conhecimentos prévios.
Programa
1.Introdução
Níveis de organização dos seres vivos - do indivíduo ao ecossistema.
2.Biodiversidade
Biodiversidade existente e conhecida. Problemática atual da perda de biodiversidade. Medidas para travar o declínio da biodiversidade.
3.Ecologia Evolutiva e Genética de Populações
Conceito de população, espécie e comunidade. Unidades evolutivas e mecanismos de especiação. Fatores que influenciam a estrutura e variabilidade genética das populações.
4.Dinâmica das Populações
Características das populações. Parâmetros populacionais: cálculo e significado. Processos que determinam a dimensão de uma população. Estrutura e idade de uma população. Pirâmides de idades. Tipos e implicações ecológicas. Tabelas de vida e de fertilidade. Formas de crescimento de uma população. Interações entre as espécies.
5.Ecologia Comportamental
Território e área vital. Vida em grupo. Teoria da otimização. Estratégias evolutivamente estáveis.
6.Comunidades e Ecossistemas
Nutrientes e fluxos de energia nos ecossistemas. Produtividade primária e secundária. Classificação das comunidades. Métodos de medida da biodiversidade ecológica. Nicho ecológico e estrutura das comunidades. Padrões biogeográficos. Efeito da competição e da predação sobre a estrutura das comunidades. Sucessão ecológica.
7.Ecologia Terrestre
Classificação dos Biomas da Terra (Whittaker e Holdridge). A vegetação e os fatores ambientais – o mosaico bioclimático do globo. Vegetação de tipo mediterrâneo.
Panorama do coberto vegetal em Portugal. Tipologia e carta biogeográfica de Portugal continental, Madeira e Açores. Coberto potencial e coberto atual. Evolução da paisagem.
Fauna de Portugal. Caracterização dos principais habitats de Portugal (vegetação potencial florestal, pré-florestal e semi-desértica, pastagens e prados, vegetação antrópica, ripícola, epífita, dunar e dulçaquícola).
8.Ecossistemas de água doce (limnologia)
Hidrodinâmica das bacias lacustres e estratificação térmica. Estrutura e produtividade dos ecossistemas aquáticos. Distribuição do oxigénio, carbono, azoto e fósforo na água doce.
Salinidade de águas interiores. Comunidades de plâncton: Fito- e Zooplâncton e interações com a ictiofauna. Macrófitas aquáticas na zona litoral. Sedimentos, microflora bêntica e comunidades bentónicas. Bioacumulação, eutrofização, salinização e lixiviação em ecossistemas aquáticos. Medidas mitigadoras e reabilitação de meios degradados. Princípios de hidrologia e gestão de redes hidrográficas.
9. Ecossistemas estuarinos
Formações geológicas dos diferentes estuários. Estratificação nos estuários e cunha salina. Biodiversidade dos estuários e sua importância ecológica.
10. Gestão de pragas
Identificação e caracterização de pragas e espécies invasoras. Legislação. Técnicas de controlo e prevenção.
11.Conservação da Natureza
Conceito de proteção, conservação, restauração e reconstrução ecológica.
Medidas Conservação da Natureza. Plano de ação comunitário para a biodiversidade.Conceito de espécies RELAPE. Estatuto de ameaça do IUCN: Livro vermelho, Convenção de
Berna. Espécies portuguesas com estatuto de proteção. Habitats CORINE. Áreas protegidas, microreservas, ZPE and Rede Natura 2000.Restauração ecológica: controlo de invasoras, fitoremediação, desativação de infraestrutruras e renaturalização.
Componente prática laboratorial e de trabalhos de campo:
Trabalho de campo: Análise e inventariação de espaços verdes e áreas florestais; Analise espacial da distribuição de líquenes; Identificação e caracterização de espécies consideradas pragas; Identificação de sucessão ecologica em sistemas dunares.
Trabalho de laboratorial: Determinação de taxas de crescimento de plantas; Determinação de clorofila em plantas terrestres e aquáticas.
Bibliografia Obrigatória
PERONI, N. MEDINA HERNANDEZ, M.J.; Ecologia de Populações e Comunidades, Centro de Ciências Biológicas da UFSC, 2011. ISBN: 978-85-61485-39-9
PINTO-COELHO, R.M.; Fundamentos em Ecologia, ARTMED, 2000
WETZEL, R.G.; Limnologia, Fundação Calouste Gulbenkian, 1993
ODUM, E. P; Fundamentos de Ecologia, Fundação Calouste Gulbenkian, 2004
BROWER; J. E. , ZAR, J. H. , ENDE, C.; . Field and Laboratory methods for general Ecology, McGraw Hill, 1997
STUMM, W. e MORGEN J.J.; Aquatic Chemistry, chemical equilibria and rates in natural waters, John Wiley and Sons, 1996
CABRAL, M. J. et al.; Livro vermelho dos vertebrados de Portugal, Instituto da Conservação da Natureza, Assírio & Alvim, 2008. ISBN: 978-972-775-153-2
Bibliografia Complementar
ALEXANDER, M.; Management planning for nature conservation: a theoretical basis and pratical guide, Springer, 2008. ISBN: 978-1-4020-6580-4
WALKER, C. H.; Principles of ecotoxicology, Boca Raton, 2006. ISBN: 0-8493-3635-X
Métodos de ensino e atividades de aprendizagem
Método expositivo participado, sendo privilegiada a formação interativa mesmo na introdução de conceitos teóricos abordados nas aulas presenciais e on-line. Procura-se levar os alunos a tirar conclusões, orientando-os nesse processo.
Tipo de avaliação
Avaliação distribuída com exame final
Componentes de Avaliação
Designação |
Peso (%) |
Participação presencial |
5,00 |
Teste |
65,00 |
Trabalho de campo |
19,00 |
Trabalho laboratorial |
9,00 |
Apresentação/discussão de um trabalho científico |
2,00 |
Total: |
100,00 |
Componentes de Ocupação
Designação |
Tempo (Horas) |
Apresentação/discussão de um trabalho científico |
3,00 |
Estudo autónomo |
72,00 |
Trabalho de campo |
17,00 |
Trabalho laboratorial |
10,00 |
Frequência das aulas |
60,00 |
Total: |
162,00 |
Obtenção de frequência
A avaliação da componente teórico-prática é realizada por avaliação continua através da realização de 2 Testes ou Exame final nas datas previstas no calendário de exames. A componente prática laboratorial é avaliada através da realização de trabalhos de laboratório/campo com presentação oral no final do semestre de um trabalho.
Fórmula de cálculo da classificação final
A nota final (NF) é obtida pela ponderação:
NF = 65% da avaliação em teste ou exame + 30% para a componente de trabalho prático laboratório/campo + 5% Assiduidade
Discussão oral do trabalho pratico através de apresentação representando 30% na avaliação.
Ambas as componentes de avaliação terão que ser positivas, ou seja com notas superiores 9,5 valores. Os estudantes podem realizar 2º teste sem ter nota mínima no 1º teste, repetindo, na 1ª chamada de exame, o teste com nota inferior a 9,5 valores.
A avaliação por exame não dispensa a realização de todos os trabalhos de laboratório previstos e sua respetiva avaliação.
Provas e trabalhos especiais
Não existem provas ou trabalhos especiais. Todos os trabalhos foram considerados na componente da avaliação teorica e pratica.
Trabalho de estágio/projeto
Não existem trabalhos de estágio ou projetos. Todos os trabalhos foram considerados na componente da avaliação teorica e pratica.
Avaliação especial (TE, DA, ...)
As avaliações especiais para estudantes com estatutos ou justificações particulares seguem as regulamentações do IPS.
Melhoria de classificação
As melhorias de testes podem ser realizadas apenas na 1ª chamada de exame.
Opcionalmente, a melhoria de classificação pode ser realizada na época de exame de recurso de acordo com regulamento de melhoria de notas do IPS.